Desde os meus doze anos, comecei a me interessar pela fotografia ao ver meu pai experimentando com negativos. Ele era médico, mas sua paixão era a fotografia. Ele adorava tirar fotos e revelá-las em laboratórios de amigos. Uma vez, meu pai criou uma imagem surreal usando vários negativos.
Ele amava fotografar os filhos e eu, aos doze anos, já gostava de posar. Ele fez um quadro gigante de uma foto minha, um retrato bem próximo, usando uma lente de 50mm. No começo, não gostei muito da foto, mas meu pai sempre ampliava nossas fotos, principalmente as em que estávamos sorrindo. Eu reclamava, mas ele dizia que com o tempo eu iria amar aquela foto. E ele estava certo, conforme o tempo passou, comecei a amar me ver radiante e sorridente naquela imagem, pois ela trazia memórias de felicidade. Fotos sorrindo transmitem diretamente a emoção da alegria. Meu pai foi minha grande influência.
Quando comecei a fotografar em 1994, logo comecei a interferir nas minhas imagens, influenciada por meu Pai. Eu fotografava, revelava em papel mate e pintava sobre a foto com canetinha hidrocor, depois reproduzia novamente a imagem pintada. Com o tempo, troquei as canetinhas hidrocor por tinta a óleo. Foi assim que surgiram minhas Pinups, onde misturo duas técnicas: fotografia e pintura, transformando em um quadro em canvas.
Desde o momento em que segurei uma câmera pela primeira vez, algo mágico aconteceu. Mal sabia eu que essa simples brincadeira se transformaria em uma carreira fascinante, levando-me a lugares inimagináveis.
Minha carreira como fotógrafa me presenteou com aventuras que eu nunca imaginei possíveis. O que começou como uma brincadeira em 1994, se transformou em uma jornada incrível onde tive a oportunidade de fotografar mulheres em mais de 14 países, até na China, meu trabalho me levou.
Graças a essa profissão, pude proporcionar uma vida maravilhosa para meus filhos e realizar todos os meus sonhos sem depender de dinheiro herdado ou de outras fontes. A verdade é que eu conquistei tudo o que quis com o dinheiro vindo das minhas fotografias.
Ao olhar para trás, percebo que cada clique da minha câmera não apenas capturou imagens, mas também experiências inesquecíveis e um legado de histórias que serão eternamente valorizadas.
Nessa jornada, a interferência artística sempre me guiou. Desde os primeiros dias no laboratório, misturando tintas às minhas fotografias até a criação das Pinups, uma técnica que se tornou um produto constantemente requisitado em minha carreira. Esta jornada também me permitiu conectar-me com minha missão aqui nessa vida, através do meu trabalho: elevar a autoestima das mulheres. É gratificante ver como minhas fotos podem ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes e belas. Isso me inspira a continuar minha jornada, capturando não apenas imagens, mas também momentos de empoderamento e autoaceitação.
